Como seu desejo sexual muda à medida que você envelhece – aos 30, 40, 50 anos e além (parte 2)

parte 2

Continuando…

 

A Sexualidade aos 50 e Além

 

A transição para os 50 anos é marcada por uma fase pós-menopausa em que as mulheres podem experimentar variações significativas no desejo sexual, que podem oscilar entre níveis baixos e elevados. Essas flutuações podem ser atribuídas tanto às mudanças hormonais inerentes à menopausa quanto aos efeitos do envelhecimento que moldam o corpo.

 

Segundo a terapeuta familiar Anastasia Locklin, “As flutuações hormonais inerentes à menopausa e os efeitos do envelhecimento no corpo podem influenciar de forma sutil o conforto pessoal e a autopercepção.” A redução do desejo sexual pode ser resultado dessas flutuações hormonais, frequentemente agravadas por tensões não resolvidas nos relacionamentos e pelo impacto dos desafios de saúde, o que pode resultar em sofrimento emocional e estresse ao se adaptar às mudanças da vida.

 

No entanto, em contrapartida, é importante destacar que um desejo sexual mais elevado pode emergir como resultado de um novo senso de autoconfiança, relacionamentos mais harmoniosos, crescimento pessoal e o alívio de certos fatores estressantes. Essa variação, embora possa ser confusa e frustrante para algumas mulheres, é uma parte natural do ciclo da vida, e é essencial lembrar que o corpo continuará a evoluir e a responder com curiosidade, em vez de negatividade.

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Locklin enfatiza a importância de envolver-se em um diálogo aberto, promovendo a comunicação e considerando a orientação terapêutica para cultivar uma intimidade emocional mais profunda, orientando eficazmente os indivíduos através das nuances dessas experiências sexuais transformadoras.

 

Sexualidade Após os 60 Anos

 

É estimado que cerca de 50 por cento das mulheres com mais de 60 anos enfrentem questões como secura vaginal, diminuição da lubrificação, desconforto durante o sexo e dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo. Segundo a médica Rachael Cabreira, “Isso deixou inúmeras mulheres vivendo suas vidas sem uma experiência sexual satisfatória, que é uma parte fundamental do bem-estar físico e emocional em todas as idades, além de ser um elemento crucial para fortalecer os laços afetivos.”

 

Cabreira também aponta para a existência do estigma sexual nessa fase da vida, no qual algumas mulheres podem começar a sentir que estão “velhas demais” para manter uma vida sexual ativa. Essa percepção pode gradativamente moldar sua narrativa em relação à intimidade, resultando em uma diminuição do desejo sexual ao longo do tempo.

 

Entretanto, pesquisas atestam que o sexo após os 60 anos é benéfico e perfeitamente saudável. Um estudo de 2019 da University College London apontou que uma maior frequência de relações sexuais em adultos mais velhos está associada a taxas mais baixas de câncer, doenças cardíacas e outras condições crônicas. Além disso, uma pesquisa de 2019 da Universidade de Coventry, na Inglaterra, estabeleceu uma ligação direta entre uma maior frequência de sexo e níveis superiores de função cognitiva em idosos, incluindo melhorias na memória, pensamento flexível, autocontrole, fluência verbal e habilidades de processamento visual-espacial.

 

Cabreira enfatiza a necessidade de não se deixar desafiar pela idade e pela percepção pessoal, encorajando a expressão sexual e o bem-estar íntimo. “Todos nós envelhecemos a cada dia e devemos abraçar essa jornada. Além disso, após vivenciar muitos anos de relacionamentos, temos uma compreensão mais clara do que queremos, do que não queremos e do que precisamos para encontrar a felicidade.”

 

Quando Buscar Ajuda para Baixo Desejo Sexual

 

É crucial compreender que não existe uma quantidade ideal de desejo sexual em qualquer faixa etária, e é perfeitamente normal experimentar flutuações temporárias no desejo. No entanto, se o seu desejo sexual sofrer uma queda drástica e persistente, a ponto de afetar sua saúde mental, é fundamental buscar orientação profissional.

 

Dependendo da situação, seu médico pode sugerir mudanças em sua medicação atual ou a introdução de tratamentos que auxiliem a aumentar o desejo sexual. Se a causa for relacionada a alterações hormonais devido ao parto ou à menopausa, tratamentos hormonais podem ser recomendados. Além disso, a terapia sexual pode oferecer insights valiosos e orientações personalizadas para enfrentar os desafios individuais.

 

Conforme destaca Anastasia Locklin, “A terapia pode ajudar a abordar preocupações relacionadas a mudanças físicas, bem-estar emocional, dinâmica de relacionamento e intimidade, promovendo assim uma experiência sexual mais satisfatória e gratificante.”

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