Amores na era digital, nude ou não nude

Algumas horas sem o aplicativo de comunicação mais popular no Brasil, com certeza gera um pânico coletivo. Sim, estas são as manifestações atuais, tudo agora, tudo neste exato instante, estamos na era digital.

 

São cliques nas mais diversas situações e, claro, que a intimidade também se tornou virtual,

estamos na era dos nudes. Antigamente, nude era um tom de cor, hoje sinônimo de fotos íntimas, de provocação, de matar a saudade, de ferramentas de conquista ou até mesmo, última cartada num relacionamento morno ou que nunca chegou sequer ser um relacionamento.

 

Mas vamos lá! Toda esta demanda tecnológica, em muitos casos, acaba sendo um tiro pela culatra: fotos clonadas, vinganças de relações mal resolvidas e etc. Sabe-se hoje que quem recebe e repassa, ou faz mal uso de imagens que não são suas, constitui-se crime virtual, mas quando viraliza, leva a fama, parece não ter mais volta, podendo acarretar prejuízos irreparáveis.

 

Na atualidade os nudes estão em voga principalmente entre os adolescentes. Aí vale ainda mais o cuidado, pois a sociedade ainda é conservadora e se as fotos caem na rede, estes jovens passam a sofrer o bullying social.

 

Esta prática realizada de forma salutar, como um esquenta para o reencontro, o aperitivo sensorial e visual do que pode vir, pode ser bem legal entre o casal.  É um jogo de exibicionismo e voyeurismo íntimo, livre e que aguça algo que não se pode ter no momento.

 

É válido? Claro que é.  São ferramentas novas de algo muito antigo.  É a antiga namorada que se deixa ver, em momentos não tão íntimos, aqui e ali, aguçando o que será depois. Os cuidados, são sempre os mesmos.  Ver e apagar.  Criptografar. Mas que é válido é.

 

No meio da reunião de negócios, ele se vê surpreendido pela imagem dela/dele em um nude digno de revista erótica.  Ele desconcerta, mexe e remexe para depois ver melhor a imagem com mais calma e aí sua mente se teletransporta para toda aquela promessa que é tão material na tela de seu smartphone quanto o poster da revista erótica antiga.

 

Ferramentas assim são novas para se fazer coisas que não são novas: são nossa vida.  O erótico e o sensual. O sexual e a promessa dele. O século é XXI, mas os protagonistas são os mesmos de sempre.

 

Mas é o sinal dos tempos.  Todas as ferramentas são válidas para o casal ser feliz. E a informática é mais uma ferramenta, como outra qualquer, ainda mais em tempos de pandemia. Todavia, ela tem características próprias como a capacidade de ser imediata, com qualidade de imagem e que, com imaginação, levam o outro lado a um estado tal e qual de excitação que o objetivo é realmente rapidamente alcançado.

 

Houve frisson quando uma artista disse que remetia nudes para seu amado.  Mas, será que a mensagem é tão diferente de dizer que toma um banal banho diante dele? Sim, é.  Ali o elemento surpresa, a produção e outros recursos a transformam na musa ideal.

 

Quem não fez nude, começa a pensar em fazer e quem já o faz acredita que está no caminho certo. Mas a informática e a transmissão de dados não precisam parar por aí.  Permite-se a remessa de mensagens sonoras, filmes e outras formas de expressão de maneira muito boa e, principalmente, como já dito, com a absoluta surpresa de seu interlocutor(es).

 

E tudo isto não se restringe só a isso.  Já no século passado eram corriqueiras as exposições em cams, os chats, os sites de relacionamento e tudo o mais que na verdade, é uma mera ferramenta do que é mais antigo do homem e que o permitiu chegar da idade da pedra até o século XXI: o sexo e suas formas de conquista.  Só que ao invés de uma paulada na cabeça, usa-se um nude e aguça o que deve ser aguçado.

 

Chegue para lá com suas crenças arraigadas: a era digital chegou em tudo, até no seu relacionamento e já que é um fato, relaxe e goze.

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